segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

O som na pele, arte no corpo com Kinho Hinorato



Tatuador e músico, Kinho Hinorato, atua no segmento de tatuagens há 12 anos e 15 na música. É proprietário do Hindu Studio, referência em Joinville e Balneário Camboriú inaugura em breve a nova filial na Penha e também lança este ano o seu novo trabalho “Cheiro de Flor”. A filosofia surf é sua forma de vida e é nela que busca inspirações para sua arte.

Kinho realizando mais um trabalho em seu estúdio.

Apenas Cinco Perguntas


1)  Como despertou o gosto por tatuagem e quando decidiu realmente seguir no ramo, além disso, qual foi a primeira tatuagem que você desenhou?

“Cai” no mundo da body art através de meu irmão Marcio, que já tatuava e me convidou para colocar piercing´s em seu estúdio. Descobri a tatuagem como paixão 5 anos depois disso. Larguei as perfurações e hoje me dedico a arte cada dia mais apaixonado pela tatuagem. Desenhos sempre estiveram presentes em minha vida desde muito cedo. A primeira tatuagem fiz em minha coxa, mão tremula, desenho tosco e dor imensa...mas a vontade de aprender era maior, e como na época não havia nenhum tipo de curso, a própria pele foi inevitável.
  

2) A tatuagem está inserida na sociedade, mas sabemos que ainda existe, infelizmente, certo preconceito, qual foi a situação mais inusitada?

Não sei com outras pessoas, mas no meu caso jamais tive algo que me incomodasse ou que me deixasse em alguma situação diferente. Pelo contrário, em muitos casos a tatuagem impôs certo respeito (ou medo), por exemplo, garçons sempre me atendem numa rapidez incrível kkkkkkk.

3)  Existem diversos estilos de tatuagem, qual requer mais dedicação do tatuador?

Toda tatuagem, sendo profissional, exige total dedicação. Ao menos para mim, tatuar vai muito além de um adorno, mas sim, um respeito pela pessoa a ser tatuada. Depois deste momento você terá marcado ela para o resto de sua vida, isso sempre estará a frente de qualquer tatuagem, Respeito.

4) Qual o trabalho mais bizarro que já pediram pra você?

Certa vez me pediram pra tatuar uma suástica nazista, me neguei a fazer, o cara ficou revoltado e me disse que pagaria além do que valia. Expliquei-lhe que não é questão de grana, mas sim de caráter, o que fez ficar muito bravo e acabei tendo que acionar os seguranças do shopping onde trabalhava. Outro que me neguei foi de um maluco que me pediu para tatuar “o capeta dando uma joelhada na cara de Cristo”, só podia ser louco mesmo, um louco detalhista kkkkkkkkk.

 5) Além de tatuador, você é músico e compositor. A música inspira a tatuagem ou a tatuagem inspira a música?


Ambas as artes sempre estão em sincronia, sempre mesmo. A música sempre esta no meu estúdio e não consigo tatuar sem ela presente. A tatuagem vai mais além, esta presente em varias de minhas composições, no cd novo que vem ai, tem o som “No embalo da vida” que diz: sou do bem eu sou do mar, sou da turma dos pintados, não consigo parar”.



Fênix, uma das tatuagens feitas pelo artista.


Pirata no estilo old school

Braço fechado no estilo maori


Kinho nas gravações do novo cd "Cheiro de Flor"




Degustação

Bandas prediletas:  Dazaranha, Ben Herper, Bob Marley, Moriel Costa, Armandinho, Diretoria, Pablo Domingues, e por aí vai


Um disco que não pode faltar: Ben Harper- Live Hollywood Bowl

Livro que curtiu ler: “Violetas na janela” e “Um dia minha vida se abriu por inteiro”.

Restaurante ou bar que indica, em SC ou em qualquer lugar: Qualquer um a beira do mar, com a companhia certa e uma cerveja bem gelada.

Local merecedor de visitação: Ponta da Vigia, Praia Grande, Penha.

Pessoa inspiradora: Jesus Cristo.

Uma frase: “um caminha de pedras pode ser muito mais difícil de ser percorrido, mas a certeza de chegar ameniza a dor, e não há nada que pague o prazer da conquista”. Kinho




sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Blues tatuado na alma: Joe Marhofer (banda The Headcutters)



O blues é a vertente mais influente da música. Joe Marhofer é um apaixonado pelo blues e grande representante do estilo.  Ele é o vocal e toca harmônica na Banda The Headcutters, uma das melhores bandas de blues do Brasil (na minha opinião, a melhor), natural de Itajaí.

Joe Marhofer em atuação com a Banda Headcutters


Apenas Cinco Perguntas

1)   Como o blues surgiu na tua vida e o que fez seguir carreira no estilo?

Tive o prazer de conhecer a gaita e me juntei aos amigos que já tinham uma banda e começamos a tocar o Blues, isso a uns 13 anos atrás....Aí, seguir carreira foi acontecendo naturalmente com o crescimento musical da banda...Hoje em dia trabalho com a banda e também com aulas de gaita de boca.

2)   Vocês tem cds e um dvd recentemente lançado gravado no sótão onde ensaiam. Como surge o lance dessas composições próprias?

Isso, CD Back to 50’ e o DVD Sweet Home Blues estão disposição pra quem quiser comprar no nosso site www.theheadcutters.com neles existem várias interpretações de blues dos anos 40 e 50... Há apenas uma musica própria no CD, estamos começando as gravações do próximo CD com músicas próprias... O Blues te dá essa liberdade em regravar outros artistas de sua maneira... Isso que torna o Blues diferente dos outros estilos, a liberdade.

3)   Como vão e quais são os projetos da banda?

Além desse CD que estamos começando a gravar, estamos acertando uma tour nos EUA e Europa... Já temos vários shows “engatilhados”, mas ainda faltam alguns detalhes... $$$

4)   A internet é bem utilizada pra divulgação das bandas. Diversos gêneros e trabalhos vêm explodindo através dela. Como você enxerga o cenário musical regional e nacional?

Acho que é uma ferramenta indispensável hoje em dia... Porque o acesso ao trabalho de artistas desconhecidos como nos fica mais fácil pra quem não tinha noção nenhuma de Blues e tudo mais... Acho que ajuda demais a musica e a cultura de verdade chegarem às pessoas....mas ao mesmo tempo torna-se difícil de filtrar...é muita coisa no ar....sejam elas boas ou ruins...aí vai do gosto musical de cada um.

5)   Ser músico requer muita dedicação, ensaios, noites tocando, o que te tira do serio e te deixa feliz nesse ramo?

O que me tira do sério é a falta de reconhecimento, num todo, de arte com trabalho, sei que em todos os ramos existem os profissionais bons e profissionais ruins... Mas nunca pode se generalizar. Além disso, é muito complicado viver de música no Brasil... especialmente Blues....um estilo musical que não é de origem brasileira...além disso vivemos numa região que é dominada pelo lixo musical como musica eletrônica, sertanojos, modinhas e todas as outras M... possíveis. O que me deixa feliz é que sei que existe um mundo todo por aí sedento por cultura e música boa... Ainda tem gente que gosta de música boa por ai!!!

Durante a gravação  do cd “Back To 50’s”, todo feito em rolo de fita com equipamentos valvulados da época no Museu Histórico de Itajaí. 

Joe mandando ver na harmônica




Arthur Catuto (baixo acústico), Joe Marhofer (vocal e harmônica), Ricardo Maca (guitarra e vocal) e Leandro Cavera (bateria), a banda The Headcutters


Degustação


Bandas prediletas: Little Walter, Muddy Waters, Howlin’ Wolf e muuuito mais...rsrrs

Um disco que não pode faltar: Hate to see you go. ( Little Walter)

Livro que curtiu ler: Um  livro sobre a vida do Grande Louis Armstrong “POPS A vida de Louis Armstrong” de Terry Teachout. Sensacional!!!

Restaurante ou bar que indica, em SC ou em qualquer lugar: Indico um Bar de Blues na cidade de Caxias do Sul – RS chamado Mississippi Delta Blues Bar. Um bar onde todo o clima do Blues vive!!!

Local merecedor de visitação: O maior festival de Blues da America Latina que é organizado pelo Mississippi Delta Blues Bar em Caxias do Sul – RS em novembro.

Pessoa inspiradora: Todos os grandes mestres do Blues.

Uma frase: “Se você não gosta de Blues é porque tem um buraco na alma...” Dave Myers (Chicago Blues Guitar).

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Por Trás Das Lentes: Beto Bocchino



Beto é fotógrafo e produtor de vídeos, com mais de 30 anos de atuação, proprietário da Pangeia Produtora junto com seu filho Lallo Bocchino, onde desenvolvem documentários, institucionais, exposições, relacionados à cultura e a história de Itajaí.



Apenas Cinco Perguntas


1) Você já trabalhava com comerciais em São Paulo, fotografias, quando e como começou essa ideia de produzir documentários voltados para a área cultural e a produção em Itajaí?

Fiz uma pousada em Barra Velha pra criar os filhos, e lá fiquei sabendo de um caminho pré colombiano, o Peabiru. Com tanto apelo turístico cultural e ninguém ligava, logo que vendi a pousada, entramos com esse projeto, demorou muito pra ser aprovado e enquanto isso,  precisávamos sobreviver e acabamos indo por esse caminho.

http://www.youtube.com/watch?v=WAgktrrSAH0

 2) O que o teu trabalho costuma retratar, qual a imagem que você espera passar as pessoas?

Normalmente fazemos documentários históricos, agora que estamos começando com contemporâneos. Falam que quem não conhece o passado, esta fadado a errar de novo. Acredito que seja pra educação mesmo, cultura é pra isso.


 3)  Atualmente muitas pessoas têm equipamentos e se intitulam fotógrafos. Como você analisa essa tendência e a adaptação à vida profissional no mundo digital, e enxerga esse futuro?

  As palavras e símbolos foram criados pra descreverem situações, com a quantidade de imagens e a facilidade que circula hoje no mundo, a tendência será se escrever muito menos. Quanto a qualidade, é difícil julgar, tanto os desenhos egípcios, gregos, romanos contaram a história mesmo sem terem a qualidade dos renascentistas. Agora os metidos, que se acham, sempre terão, isso não tem jeito, faz parte da humanidade rssss

4) Dos teus trabalhos, quais foram bacanas, os mais especiais?

Sem duvida o do Sto Tomé, estar ali com todos os filhos, cada um fazendo sua parte, indo em lugares que fui na década de 70... foi muito emocionante. Muito mais que receber prêmios, viajar Europa, África, etc...

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=uVEueZpWaiA


5)  Fotógrafos têm muitas histórias pra contar. O que você já teve que encarar de mais esquisito na profissão?


Eita, foram tantas. Mas ser picado por uma cobra em Monza foi a mais estranha, na época não tinha essa infra atual da F1, a equipe de primeiros socorros era a mesma que atendia os pilotos. No fim tudo deu certo, mas achei que ia morrer com a Maria Helena Fittipaldi  gritando que eles não tinham infra nenhuma e que imagine se acontecesse no Brasil, bla bla bla... e não me atendiam e aquilo doía muito... rsss



Copersucar - Emerson Fittipaldi, George Harrison e Stuart  (1979)


Colin e Mario Andretti (F1)


Carro Equipe Copersucar



Degustação

Bandas prediletas: Pink Floyd, Beatles, yes...

Um disco que não pode faltar: ?

Livro que curtiu ler: tantos, mas o mais acho que foi Don Quixote, tem todas as condições humanas ali

Restaurante ou bar que indica, em SC ou em qualquer lugar: o melhor sem duvida é o Raimundos, o tempo que ele trabalhou no C'doro de Sampa, deu uma grande bagagem.

Local merecedor de visitação: a luz do por do sol na beira rio, com os barquinhos é muito bacana

Pessoa inspiradora: tantas, principalmente as que me fizeram rir

Uma frase: Eu não degusto, me empapuço rsss



terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

O "Minha Barulheira" ganha novas direções. 


Após anos parado, o projeto foi retomado, mais amadurecido e contextualizado.

A página oficial foi criado no facebook/MinhaBarulheira e lá compartilharei informações, notícias, dicas e novidades culturais, musicais, artísticas e esportivas.

Por aqui, postarei as entrevistas realizadas com pessoas que considero talentosas e com grandes histórias de vida pra contar.

Serão "Apenas Cinco Perguntas" e um ping-pong intitulado Degustação.
Espero que gostem!